quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Atraso no corte do cordão umbilical previne problemas na infância

Texto adapatado do artigo escrito hoje, por Catarina Navio, para o site português Jornal de Notícias.

Um estudo sueco, publicado pelo “British Medical Journal”, revelou que, atrasar o corte do cordão umbilical no parto, reduz o risco de carência de ferro na infância.

São cada vez mais as mães que, no parto, pedem para atrasar o corte do cordão de forma a permitir que uma maior quantidade de sangue da placenta seja transferida para o bebê.

A falta de ferro no organismo, que pode ser prevenida com o atraso do corte do cordão umbilical, pode causar deficiências motoras e lento desenvolvimento cognitivo, segundo conclusões do recente estudo que não é o primeiro a chegar à tais conclusões.

O estudo sueco foi aplicado em 400 bebês cujos cordões foram cortados com diferenças temporais entre os dez segundos e os três minutos após o nascimento. Quatro meses depois, os investigadores mediram os níveis de ferro e concluíram que os bebês cujo corte do cordão foi atrasado, registavam níveis de ferro mais elevados. Além disso, não se verificou nenhum aumento de outras possíveis complicações que os especialistas julgavam estar relacionadas com o procedimento, como a icterícia - argumento utilizado por muitos médicos obstetras.

Ola Andersson, do serviço de Neonatologia do Hospital de Halland, na Suécia, referiu, citado pelo jornal “The Telegraph”, que “a carência de ferro, mesmo sem anemia, tem sido associada com alguns problemas de desenvolvimento nas crianças”.

Patrick van Rheenen, consultor de Pediatria na Universidade de Groningen, na Holanda, explica que existem provas suficientes para aplicar este procedimento na rotina dos partos sem complicações.

O especialista referiu que “o equilíbrio entre os riscos maternos e os benefícios infantis do atraso do corte do cordão, claramente beneficiam a criança” e questionou: “Quantas mais provas são necessárias para convencer obstetras e parteiros que é bom esperar três minutos pela transferência de sangue da placenta?”.

Para complementar o exposto, assista o vídeo em que 3 doulas inglesas falam sobre porque esperar que o cordão pare de pulsar (em inglês).

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