domingo, 18 de dezembro de 2011

Comemoração do 1° Dia da Doula


O "Dia Estadual da Doula", instituido pela Lei Estadual N° 14.568, Projeto de Lei N°344/2011, foi comemorado hoje, pela primeira vez!

Um marco muito importante na tragetória desta profissional que se dedica à Humanização do Parto e Nascimento com tanto amor.

A data, que celebra também o dia de Nossa Senhora do Bom Parto, foi o momento ideal para a oficialização da Liga das Doulas de São Paulo! Estivemos no Parque do Ibirapuera, distribuindo flores e plantando as sementes de nosso trabalho.
"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."


Cora Coralina

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Atraso no corte do cordão umbilical previne problemas na infância

Texto adapatado do artigo escrito hoje, por Catarina Navio, para o site português Jornal de Notícias.

Um estudo sueco, publicado pelo “British Medical Journal”, revelou que, atrasar o corte do cordão umbilical no parto, reduz o risco de carência de ferro na infância.

São cada vez mais as mães que, no parto, pedem para atrasar o corte do cordão de forma a permitir que uma maior quantidade de sangue da placenta seja transferida para o bebê.

A falta de ferro no organismo, que pode ser prevenida com o atraso do corte do cordão umbilical, pode causar deficiências motoras e lento desenvolvimento cognitivo, segundo conclusões do recente estudo que não é o primeiro a chegar à tais conclusões.

O estudo sueco foi aplicado em 400 bebês cujos cordões foram cortados com diferenças temporais entre os dez segundos e os três minutos após o nascimento. Quatro meses depois, os investigadores mediram os níveis de ferro e concluíram que os bebês cujo corte do cordão foi atrasado, registavam níveis de ferro mais elevados. Além disso, não se verificou nenhum aumento de outras possíveis complicações que os especialistas julgavam estar relacionadas com o procedimento, como a icterícia - argumento utilizado por muitos médicos obstetras.

Ola Andersson, do serviço de Neonatologia do Hospital de Halland, na Suécia, referiu, citado pelo jornal “The Telegraph”, que “a carência de ferro, mesmo sem anemia, tem sido associada com alguns problemas de desenvolvimento nas crianças”.

Patrick van Rheenen, consultor de Pediatria na Universidade de Groningen, na Holanda, explica que existem provas suficientes para aplicar este procedimento na rotina dos partos sem complicações.

O especialista referiu que “o equilíbrio entre os riscos maternos e os benefícios infantis do atraso do corte do cordão, claramente beneficiam a criança” e questionou: “Quantas mais provas são necessárias para convencer obstetras e parteiros que é bom esperar três minutos pela transferência de sangue da placenta?”.

Para complementar o exposto, assista o vídeo em que 3 doulas inglesas falam sobre porque esperar que o cordão pare de pulsar (em inglês).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dia Estadual da Doula


Foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 08/10/2011 (nº 192, Seção I, pág. 1), a Lei Nº 14.586, de 07 de Outubro de 2011 que institui o "Dia Estadual da Doula".

Com base no Projeto de Lei nº 344/11, da Deputada Ana Perugini, o Governador do Estado de São Paulo decreta a lei instituindo o "Dia Estadual da Doula", a ser comemorado, anualmente, em 18 de dezembro.

Segundo publicação da Assessoria Técnico-Legislativa, aos 7 de outubro de 2011, os objetivos do "Dia Estadual da Doula" são:


I - Estimular ações informativas visando à conscientização da importância das doulas;

II - Promover debates e outros eventos sobre a importância das doulas na gestação.



Parabéns à todas as doulas pela conquista!

domingo, 9 de outubro de 2011

Semana Internacional de Babywearing


Nesta semana, de 10 a 16 de Outubro de 2011, organizações sem fins lucrativos em todo o mundo unem-se para celebrar a terceira edição da Semana Internacional de Babywearing.


A Semana Internacional de Babywearing é uma oportunidade chamar a atenção do mundo sobre "vestir o bebê", um termo proposto pelo pediatra e autor Dr. William Sears e sua esposa Martha Sears.

Babywearing significa, simplesmente, carregar um bebê ou criança pequena em seu corpo usando um carregador de bebê de pano. As diversas formas de babywearing permitem, não somente, que os pais tenham as mãos livres enquanto carregam seus filhos, mas também demonstram os inúmeros benefícios desta prática para as crianças.
 
Um estudo publicado na revista Pediatrics, em 1986, descobriu que bebês de seis semanas, carregados, pelo menos, três horas por dia em um carregador de tecido macio choraram 43% menos, em geral, que outros bebês e 51% menos nas primeiras horas da noite. Outro estudo, publicado na revista Child Development, em 1990, descobriu que mães que ganharam carregadores de pano ao nascimento foram mais sensíveis aos seus bebês e tiveram bebês mais seguros do que as mães que receberam assentos infantis de plástico.

“A Semana Internacional de Babywearing é uma grande oportunidade para trazer a consciência sobre os benefícios de babywearing, e para celebrar a diversidade, traz formas e lugares que você pode explorar seguramente com seu filho em contato com seu corpo", explicou Ann Marie Rodgerson, presidente da International Babywearing Inc., a organização que iniciou a celebração de uma semana de duração.

O tema deste ano é "Um Mundo de Possibilidades"- que é o que a prática do babywearing abre para os bebês e seus pais. Ocidental e moderna, a prática assume diversas maneiras tradicionais de carregar bebês em todo o mundo, seja em um sling de argola, wrap sling de tecido ou um carregador mais estruturado, o babywearing permite que as famílias tomem os lugares onde carrinhos de bebês não podem ir.

As crianças têm a oportunidade de explorar o mundo de forma mais ampla do que suas pernas poderiam ir sozinhas e os pais que usam seus bebês durante suas tarefas diárias podem, facilmente, manter suas tarefas cotidianas enquanto cuidam de seus filhos.

Vestir seu bebê em sua frente ou atrás, com segurança e sucesso pode ser um desafio para nós que nos afastamos do conhecimento tradicional de babywearing. Por isso, aqueles que querem aprender esta habilidade podem procurar a ajuda de babywearers experientes como Pais, Educadores, Doulas ou em grupos babywearing em todo o mundo.

Um Mundo de Possibilidades é um tema proposto em todo o mundo para celebrar, promover e defender os benefícios do babywearing seguro.

A Babywearing International Inc. é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2007, a fim promover babywearing e apoio voluntário de grupos sem fins lucrativos. A missão da organização é promover babywearing como uma prática universalmente aceita, com benefícios tanto para a criança quanto para o cuidador, por meio da educação e apoio. Para mais informações visite os websites www.babywearinginternational.org e http://www.babywearingweek.org/

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz



Entre os dias 18 e 20 de Outubro, a Comissão de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz do Senado Federal realizará a 4ª edição da Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz.

O tema oficial, de grande relevância para nós, é “A Mulher Grávida, o Bebê e a Primeira Infância na construção da Saúde Mental”. O evento pretende contemplar o período da gestação, sobretudo sob os aspectos psicológicos aos quais as mães estão sujeitas, e o desenvolvimento do bebê em todo o período da primeira infância sob o entendimento de que, assim como não podemos dispensar cuidados específicos de sobrevivência, não podemos perder de vista a importância da etapa de desenvolvimento do cérebro humano em construção.

A Embaixada da França será parceira neste grande evento, trazendo renomados especialistas desta área.

A professora Monique Bydlowski, psiquiatra, psicanalista, diretora de pesquisa no Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisas Médicas – INSERM – França, fará uma apresentação abordando os aspectos psicológicos ligados à mulher grávida e aos primeiros meses do pós parto.

Em relação aos cuidados com o bebê, quem fala é a brasileira Jaqueline Wendland, que trará suas experiência de quase 20 anos de trabalho na área de prevenção e intervenção precoce na Unité Petite Enfance Vivaldi, ligada ao Hospital Pitié - Salpêtrière, em Paris.

Conteúdo imperdível e imensa satisfação em temas como este sendo apresentados no Senado Federal!
 
Clique aqui para informações precisas.

sábado, 23 de abril de 2011

Atividade Física durante a Gestação


Manter a prática regular de exercícios físicos é um dos fatores fundamentais para a manutenção da saúde e bem-estar. Durante a fase da gestação não é diferente: exercitar o corpo neste período prepara os músculos, melhora a circulação sanguínea e linfática, aumenta o nível de energia e endorfinas, promovendo maior disposição e alívio de estresse.

Quando há uma rotina de exercícios já estabelecida (idealmente 30 minutos, três vezes por semana, no mínimo), a mulher poderá continuar suas atividades com segurança desde que se certifique que não há nenhum problema com a gestação, diminua a intensidade dos exercícios, sempre mencionando sua condição ao instrutor. Durante esta fase não se deve exaustar, por isso, longos períodos de exercícios aeróbicos precisam ser evitados. Desidratação e temperatura corporal elevada podem prejudicar o fluxo sanguíneo e aporte de oxigênio ao bebê, desta forma, a ingestão de líquidos se torna indispensável!

Quando a mulher não mantinha o hábito de se exercitar antes da gravidez, sugere-se que comece realizando caminhadas ou natação no primeiro trimestre, com suavidade e progressivamente. Após esta adaptação, é interessante que se tente novas formas de exercícios, considerando, claro, que não se tenha experimentado qualquer sangramento ou cólica durante a fase inicial.

Em todo caso, antes de começar, é importante que se verifique, com o médico ou parteira, as condições específicas da gestação e aptidão aos exercícios. Um profissional de educação física poderá criar exercícios adaptados para gestantes para que se desenvolva uma prática saudável e benéfica para mãe e bebê, de maneira lenta e sem exageros.

Os exercícios listados abaixo são particularmente adequados durante a gestação:

Natação
Algumas braçadas em uma piscina podem ser extremamente energizantes! O suporte da água diminui o peso corporal de modo que se pode mover livremente, melhorando a flexibilidade e resistência. Ela também ajuda a estimular o fluxo sanguíneo em torno o corpo. O método Shaw (abordagem integrada de natação que aplica princípios da Técnica de Alexander) ensina a maneira mais eficiente de usar o corpo. Outra ótima forma de exercício na água é modalidade recentemente criada Acqua Yoga, já oferecidas por muitos clubes e academias.

Caminhadas
Assim como a natação, as caminhadas são totalmente compatíveis com a gestação. Uma rápida caminhada realmente ajuda a estimular os sistemas cardiovascular e respiratório. A caminhada é apropriada, sobretudo, para estimular a circulação das pernas, prevenindo varizes. Além disso, atividades ao ar livre (locais arborizados e longe de poluição, caso contrário, a academia é mais apropriada) estimulam um bom sono e relaxamento. Pedalar é uma alternativa com vantagens similares.

Dança
Aulas de dança são descontraídas, divertidas, ótimas para socializar, ideais para manter o condicionamento físico e, ainda, aumentar a percepção corporal. Existem muitos de tipos de dança oferecidos pelas academias e estúdios: de Dança do Ventre (bem interessante para a situação) à Salsa, as possibilidades parecem infinitas!

Pilates
Maneira gentil de exercício que melhora a flexibilidade, força e vigor. O Pilates enfatiza as posturas e alinhamentos, trabalhando mente e corpo ao mesmo tempo. Induz profundo relaxamento e incrível senso de controle do corpo (muito útil para o trabalho de parto). Os exercícios podem ser adaptados para as necessidades individuais e por isso, ser praticado com segurança durante a gestação, desde que se conheça as técnicas básicas e evite certas posturas. Um profissional treinado e qualificado oferecerá todo suporte necessário. Para mulheres que nunca tenham praticado Pilates antes, não se aconselha a prática no primeiro trimestre.

Yoga
Algumas modalidades do Yoga são amplamente indicadas para gestantes, principalmente durante o segundo e terceiro trimestre. Praticado regularmente, fortalece os músculos, aumenta a flexibilidade e melhora a postura. A prática do Yoga vai além dos asanas (posturas físicas), envolvendo também os pranayamas (técnicas de respiração) que serão úteis neste momento especial. Algumas posturas são totalmente adequadas para a gestação, enquanto outras podem ser até perigosas. Desta forma é melhor atender a classes de Yoga Pré-natal (direcionadas especificamente para gestantes) ou perguntar para o instrutor como adaptar posturas.

T’ai Chi
Descrita com uma “meditação em movimento”, o t’ai chi é uma arte marcial não combativa que envolve movimentos lentos em uma série de posturas. As séries são repetidas uma após a outra, produzindo séries de movimentos fluidos e sincronizados. Esta antiga arte da Cultura Tradicional Chinesa envolve movimentos controlados e lentos com o objetivo de fazer a energia (chi) circular por todo o corpo. Mantém a consciência alerta e foco sobre os acontecimentos do corpo e mente no momento presente.

FONTE: Pregnancy, the natural way. Anne Charlish e Kim Davies

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ayurveda, a Ciência da Vida


O legado cultural e histórico da Índia é incontestável. As tradições deste vasto subcontinente, anterior a dos Antigos Egípcios, e seu patrimônio arquitetônico são difíceis de comparar.

Traduzido do Sânscrito, linguagem ancestral da Índia, Ayurveda é a “Ciência da Vida” (ayur significa vida, enquanto veda conhecimento) e é considerado o mais antigo sistema de cura do mundo. Permanece sendo o principal sistema médico adotado na Índia, Sri Lanka e Nepal.

Aqueles que praticam esta filosofia de auto-cura entendem-na como uma escolha de vida a longo prazo, com benefícios colhidos apenas quando seus princípios são seguidos em todos os seus aspectos.

Ao longo dos últimos anos, graças aos ensinamentos do guru do estilo de vida holístico Deepak Chopra e pela crescente adoção de suas práticas por cada vez mais adeptos no Ocidente, os segredos desta disciplina ancestral (especialmente no que se refere a rejuvenescimento e longevidade) estabeleceu-se no mundo inteiro.

Perspectiva cultural

A lenda diz que há mais de três milênios atrás, 52 rishis (velhos sábios e líderes religiosos da Antiga Índia) deixaram suas aldeias e reuniram-se nas alturas do Himalaia em busca de iluminação. Incomodados com os problemas de seu povo e a disseminação de doenças, eles procuravam aprender com Brahma, o Deus criador, como erradicar as doença e sofrimentos do mundo. Enquanto meditavam eles foram tocados por inspirações divinas e reuniram seus pensamentos em uma série de textos védicos (coleção de livros sânscritos escritos em epopéias e cantos que são hoje reverenciados como a base original do conhecimento Hindu). Estes volumes revelam um sistema de cura integrante da filosofia hindu no qual o paradigma básico da prática do ayurveda se baseia.

De acordo com a crença do Ayurveda, tudo era “um” no princípio, quando o primeiro som, om, foi ouvido. Esta vibração resultou na criação dos cinco elementos – ar, éter (ou espaço), fogo, água e terra – dos quais tudo que existe no Universo é feito.

No coração da filosofia Ayurvédica está o conceito de que nossos corpos são um microcosmo do Universo com três forças regentes: vata (ar), pitta (fogo) e kapha (terra). Estas forças são chamadas de doshas e, assim como cada um de nós tem uma fisionomia e impressão digital única, também temos um padrão energético único que correspondem a estes três doshas, uma combinação de características físicas, mentais e emocionais que é nossa constituição inerente. Atingir equilíbrio e harmonia entre os doshas é o objetivo das terapias e fundamento da saúde e bem-estar deste sistema de cura.

Entretanto, diagnosticar/determinar um dosha não é tão simples quanto possa parecer (esqueça os testes de revistas!). Mesmo que um deles seja dominante, a Ayurveda acredita que todos os indivíduos possuem os três (vata, pitta e kapha) em certas proporções.

Dizemos que alguém esta saudável quando os três doshas estão equilibrados. A quantidade apropriada de vata promove criatividade e flexibilidade, Pitta gera entendimento e habilidade analítica, enquanto kapha engendra estabilidade, afeição e generosidade. O desequilíbrio dos doshas é responsável por interromper o fluxo de prana, a força vital que adquirimos através da alimentação e respiração e impedir agni, o fogo que provém energia para a digestão, processos metabólicos, imunidade e processos mentais e emocionais. A chave da Ayurveda é tratar o corpo, mente e espírito como uma entidade unificada para manter a saúde, equilíbrio e harmonia.

Uma consulta Ayurvédica começa a partir do momento em que você entra pela porta do consultório, com a observação, pelo terapeuta, de seu andar e aspecto geral. Questionamentos e palpação permitem ao profissional determinar o tipo de dosha e natureza do desequilíbrio apresentado. Ao contrário das diagnoses ocidentais que atentam a identificar a doença através dos principais sintomas, o sistema Ayurvédico tem uma abordagem totalmente individualizada e holística. O exame do pulso, olhos, língua e aparência global é incompleto se não for ponderado o bem-estar emocional e espiritual do cliente.

A tarefa do praticante de Ayurveda é re-equilibrar, balancear corpo, mente e espírito de acordo com o padrão único de cada pessoa, para que esta possa retomar a harmonia com o Universo. As terapias são comumente divididas entre curativas ou preventivas, todas seguindo a filosofia de auto-cura e auto-cuidado que são partes fundamentais do Ayurveda. Um típico tratamento pode incluir uma série de diferentes tipos de massagens, terapias com óleos, dieta vegetariana, consumo de ervas tônicas e rotina diária de práticas de Yoga e Meditação. Para aqueles que possuem boa saúde, medidas preventivas que revitalizem e protejam o corpo podem ser indicadas.

Acompanhe o blog e descubra terapias e tratamentos ayurvédicos nas próximas postagens!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Doação de Leite Materno


Amamentar é uma das experiências mais intensas e gratificantes da maternidade. O leite humano por sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2 anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil. Além disso, nada é mais significativo do que o vínculo estabelecido entre mãe e bebê no momento da amamentação, facilitando o desenvolvimento emocional, cognitivo e do sistema nervoso.

Entretanto, enquanto algumas mães produzem grande volume de leite, além da necessidade do bebê, outras encaram grandes dificuldades ou, até mesmo, não conseguem realizar esta fundamental atividade. Neste momento, nada mais solidário que a doação do leite excedente aos bebês que não tem acesso à este precioso alimento, do qual depende sua sobrevivência e saúde.

Hoje é comemorado o Dia da Solidariedade e, por isso, as convido a conhecer um pouco mais sobre os Bancos de Leite e como fazer doações - uma ação simples, indolor e solidária!

Os Bancos de Leite Humano tem entre seus objetivos a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Neste sentido, desenvolvem trabalho para auxiliar as mulheres-mães no período da amamentação, tendo profissionais qualificados para também orientar sobre a saúde da criança.

Como doar?  
De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de apresentar excesso de leite (verificado após amamentar o próprio bebê), deve ser saudável, não usar medicamentos ou drogas que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.

A mulher pode procurar o Banco de Leite Humano mais próximo, cadastrar-se e, quando aprovada, seguir os procedimentos para a coleta do leite.

O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias. Ao retirar o leite é importante que você siga algumas recomendações que fazem parte da garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês hospitalizados:
  • Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais;
  • Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
  • Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca;
  • Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa.
Para retirar o leite (ordenhar), comece fazendo massagem suave e circular nas mamas. Massageie as mamas com as polpas dos dedos começando na aréola (parte escura da mama) e, de forma circular, abrangendo toda mama. O ideal é que o leite seja retirado manualmente. 
  • Primeiro coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola (parte escura da mama);
  • Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo;
  • Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair;
  • Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco.
* Se você estiver com dificuldade de retirar seu leite, procure apoio no Banco de Leite Humano mais próximo.
  
A coleta e armazenamento deve ser feita todas as vezes que houver excedente, seguindo alguns procedimentos:
  • Escolha um frasco de vidro;
  • Esterilize o frasco, fervendo-o por 15 minutos em uma panela com água (conte o tempo a partir do início da fervura);
  • Escorra a água e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
  • Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue (você poderá usar quando estiver seco);
  • Date o vidro e armazene o leite coletado no freezer (o leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias).
Os Bancos de Leite retiram a doação em sua casa, em média, uma vez por semana. O leite doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês internados em unidades neonatais.

FONTE:Fundação Oswaldo Cruz e Ministério da Saúde.  http://www.fiocruz.br/redeblh